Programa Pânico, Jovem Pan News - Madeleine Lacsko
Atualizado em 24/04/2025 00:54:37
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Você está na "linha de frente". Você sabe que aquilo é uma responsabilidade, e que, amigo, o público troca a gente. Ele gosta de você hoje, ele gosta de outro amanhã. Então, o que acontece, a pessoa ficou achando que porque ele concorda comigo e reverbera minha opinião, ele me ama.
Não amor! Não! Quem te ama é quem gosta de você na discordância. Eu faço questão de ter um público assim, vocês podem ver em todas as minhas redes, a pessoa fala "eu não concordo com isso que ela tá falando, mas ela é séria".
Samy:Tem um outro ponto também, de certa forma, quando você vai para veículos grandes, que o tempo é limitado, ou pelo tempo de jornal, ou tempo... de recursos financeiros, você tem que fazer escolhas. E as vezes eu tenho a impressão que esse é um grande problema da Internet. Ela é tudo infinita. Então se você pode falar 100 coisas por dia, você não precisa pensar tanto no que você vai falar.
Emilio
"Você sabe que eu estava lendo um cara, esse cara, ele é indiano e aí ele foi morar na Inglaterra e depois ele vola para a Índia. O que ele escreve parece o Brasil. É que eu demoro muito para achar, demora uma meia hora.
Quando alguém é enganado em uma sociedade onde ninguém confia em ninguém, ele raramente busca justiça contra o trapaceiro, em vez disso, ele engana os outros. Os homens abusam das mulheres, as mulheres abusam das crianças, as crianças abusam dos animais, os animais atacam tudo que podem.
Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*