argo, estabeleceu a divisa das Capitanias de Martim Afonso de Sousa e de seu irmão pela barra Grande, de Santos, e não pela barra da Bertioga, transferindo a ilha de Guaibê e a correspondente faixa de terra firme à jurisdição de Pero Lopes de Sousa (Madre de Deus, Frei Gaspar da “Memórias para a História...”, 1797). Teria deixado descendentes em S. Paulo. Nº 3
1ºI- GASPAR AFONSO, n. em Portugal, segundo os autores, veio para Capitania de S. Vicente e passou a residir na vila de S. Paulo onde exerceu os cargos de alcaide em 1572, procurador do concelho em 1578, almotacel em 1579, etc. (ACCSP, I, 55, 115 e 131). Nesse ano, figurou nas atas da câmara como cunhado de Marcos Fernandes, o velho (id., 134).
Havia casado pouco antes com MADALENA AFONSO, a qual era chamada “órfã” quando casou 2ª vez com Afonso Dias, pessoa da governança de S. Paulo. Faleceu Gaspar Afonso e foi inventariado em 1583 (v. INV. E TEST., II, 124). Deixou terras em “Urubuapira”, além do rio “Anhãbi”, as quais herdaram seus filhos, com o padrasto, por morte de Madalena Afonso ocorrida antes de 1590. Casou o viúvo com FRANCISCA CUBAS e vendeu a Antônio Pereira as referidas terras de Urubuapira, resguardando os direitos dos órfãos, conforme escritura lavrada em S. Paulo, a 1º de julho de 1602, pelo escrivão Antônio Rodrigues (INV. E TEST., X, 173). Pais de, ao menos:
1 (II)- MARIA AFONSO C.c. ALONSO PERES CANÃMARES - segue.
2 (II)- BÁRBARA GAGO C.c. FERNÃO PAIS -
2º.II- MARIA AFONSO, n. por 1577, C. cerca de 1591 c. ALONSO PERES CANÃ-MARES, castelhano, pessoa da governança que exerceu em S. Paulo os car-gos de procurador do concelho em 1592, almotacel em 1599 e 1611, juiz ordinário em 1608, vereador em 1619, etc.
Como responsável por alguns pombeiros, esteve envolvido em 1623, com seu filho Pedro Vidal e outros sete brancos, na devassa instau-rada em S. Paulo pelo superintendente de guerra, Cap. Mor Martim de Sá, sobre o assassínio do cacique Timacaúna e o apresamento de sua tribo (RIHGSP, XLIV, 294). Havido sido morto Timacaúna por um negro de Simão Alves (2).
A 6 de julho de 1627, foi testemunha, com Geraldo Correia e Ambrósio Pereira, da abertura do interrogatório no “Processo Informativo de S. Paulo” para a beatificação do Padre José de Anchieta (Revista da ASBRAP, nº 3, p. 28). Faleceu Maria Afonso em 1662, com testamento, e seu marido em 1628, sendo inventariados em S. Paulo. [p. 155]
Tiveram oito filhos, nascidos entre os anos de 1596 e 1620, todos mencionados por Silva Leme: 1 (III)- MANUEL PERES CALHAMARES C. antes de 1630 c. MARIA AN-TUNES, filha de Manuel Antunes e de s/m. Inocência Rodrigues, n.p. de Gaspar Fernandes, de Portugal, e de s/m. Domingas An-tunes (irmã do Cap. Mor Manuel Preto) n.m. do (?) Cap. Francis-co Rodrigues Velho, provedor dos quintos reais, e de s/m. Brígi-da Machado (a moça).
Exerceu o cargo de vereador em 1647 (ACCSP, V, 289). Faleceu com testamento e foi inventariado em 1663. De-terminou sepultura no capítulo da igreja de S. Francisco, em jazigo pago para si e sua mulher, tendo o acompanhamento dos religiosos do Carmo, do vigário e demais clérigos, com as cruzes e guiões das quatorze confrarias da vila de S. Paulo. Destinou o remanescente da terça à celebração de missas.
No inventário, avaliaram-se um sítio com casas de taipa de pilão e telha, alambique, gado vacum e plantações, casas de taipa de pilão na rua de S. Bento, partindo com Alonso Peres e Manuel Rodrigues de Arzão, e outra, abaixo de Santo Antônio, partindo com Gabriel Alves de la Penha. Arrolaram-se quarenta e dois administrados do gentio (INV. E TEST., XVI, 375). Foram herdeiros apenas a viúva Maria Antunes e a tutelada do mesmo nome, que recebeu em legado a metade da meação, excluída a terça.
2 (III)- MADALENA VIDAL, n. antes de 1600, C. por 1615 c. o CAP. PAU-LO DO AMARAL, n. em 1585, “homem nobre”, juiz ordinário em S. Paulo em 1620, 1642, 1645 e 1646 e vereador em 1638, 1641 e 1648 (ACCSP, II, 421, IV, 390 e V, 76, 120, 229, 257 e 323) nomeado ouvidor da Capitania a 11 de dezembro de 1648 (RGCSP, II, 180).
Cristão velho, depôs como testemunha a 26 de agosto de 1643 no processo de genere do Padre Sebastião de Freitas (ACMSP). Faleceu em 1653 (ACCSP, VI, 58) e s/m. em 1668, e foram inventariados em S. Paulo. Tiveram uma única filha:
1 (IV)- MARIA DO AMARAL DE SAMPAIO, C. na Sé a 6 de fevereiro de 1639 c. ANTÔNIO BUENO.
3 (III)- JOÃO PERES CALHAMARES, n. por 1600 – segue. [p. 156]
4 (III)- PEDRO VIDAL C. em 1623 c. MÉCIA DE SIQUEIRA, filha de Francisco de Siqueira e de s/m. Ana Pires (INV. E TEST., XXXVII,164). Esteve envolvido com seu pai e mais sete pessoas na devassa sobre a morte do cacique Timacaúna. Faleceu em 1648 e foiinventariado em S. Paulo.
5 (III)- GASPAR AFONSO VIDAL C. antes de 1632 c. DOMINGAS ANTUNES, irmã de Maria Antunes, retro. Faleceu em 1649 e foi inventariado em S. Paulo, com geração.
6 (III)- ALONSO PERES CALHAMARES C. na Sé a ... de novembro de 1635c. MARIA DA SILVA, c. geração.7 (III)- MATIAS PERES CALHAMARES C. na Sé a 15 de agosto de 1638 c.INÊS PEDROSO, c. geração.8 (III)- ANA VIDAL, n. creio em 1620, C. na Sé a ... de 1634 c. ANTÔNIODE SIQUEIRA MENDONÇA (SL, título Siqueiras Mendonças).Faleceu em 1680 e seu marido em 1687 e foram inventariados em S. Paulo. Declarou Antônio de Siqueira no testamento seus pais e sogros. Tiveram doze filhos, nascidos de 1635 até1663, ano do nascimento da última filha, Luísa. Um dos filhosfoi Frei Manuel de Siqueira, religioso de S. Francisco (INV. ETEST., XII, 97 e 136).III- JOÃO PERES CALHAMARES, n. por 1600, C. depois de 1620 com MARGARIDA FERNANDES, n. antes de 1607, creio irmã de Domingos Arenço Botelho, n. em 1613, juiz ordinário e de órfãos em Taubaté em 1663 (AHMFG).Era sua mulher filha de João Dias Arenço (n. por 1580) e des/m. Isabel Botelho (n. pouco antes de 1590) e neta materna de (?) AndréGonçalves e de s/m. Isabel Botelho (a velha). Margarida Fernandes traziao mesmo nome da mãe de André Gonçalves – Margarida Fernandes, filhade Fernão Álvares e de s/m. Margarida Marques, povoadores da Capitaniade S. Vicente.Seu sogro, João Dias Arenço, teve ao menos dois irmãos: Antônio Dias Arenço (o moço) e Antônia Dias, esta casada três vezes em S.Paulo (INV. E TEST., I, 462 e 493 e IV, 348 e 373). O mencionado Antônio Dias Arenço passou a morar em Mogi das Cruzes onde exerceu o cargo de juiz ordinário em 1627; foi casado nessa vila onde deixou geração(título Dias). Seu pai Antônio Dias Arenço, o velho (avô de MargaridaFernandes) n. cerca de 1557, faleceu antes de 1603, sendo inventariado em [p. 157]
S. Paulo (v. INV.TEST., I, 465).João Peres Calhamares e s/m. faleceram em datas ignoradas. Pais de:
1 (IV)- MARIA AFONSO C. na Sé a 13 de janeiro de 1642 c. o CAP. MA-NUEL RODRIGUES DE ARZÃO; com geração (S.L., título Arzão).
2 (IV)- MADALENA VIDAL C. na Sé a ................... de 1642 c. CRISTÓ-VÃO PEREIRA, n. em 1617, filho de Cristóvão Pereira e de s/m. Isabel Martins (INV. E TEST., V, 490)
3 (IV)- ISABEL FERNANDES, n. na freguesia de Santo Amaro, C. depois de 1645 c. JOSÉ CAVALHEIRO, natural da vila de Olaia, no reino de Toledo; com geração.
2ºII- BÁRBARA GAGO (filha de Gaspar Afonso, do 1º nº I) n. creio por 1580, C.c. FERNÃO PAIS, n. cerca de 1575, irmão, segundo os autores, de João Pais (o velho). Seria parente de Maria Pais (C.c. André Fernandes), de Cristóvão Pais d’Áltero, que contribuiu diversas vezes com donativos para as obras do Padre José de Anchieta, de Antônio Pais, juiz de órfãos da Vila de Vitória (ES) em 1585, e de outras pessoas, da Capitania de S. Vicente.
Em 1601, residia Fernão Pais na vila de Itanhaém (INV. E TEST., I, 360) e obteve por volta de 1611 uma sesmaria em lugar não de-clarado no termo (“Sesm.”, I, 177). Antes de 4 de março de 1624, vendeu a Henrique da Cunha Gago uma sesmaria em S. Paulo, situada além do rio Anhembi, aonde chamam Urubuapira (INV. E TEST., I, 242). Seu irmão João Pais (o velho) foi também morador na vila de Itanhaém e obteve, con-forme carta de data lavrada pelo escrivão Bartolomeu Afonso, duzentas braças de terras em Ibirapoeira, as quais vendeu antes de 1624 a Diogo Mendes e s/m. Maria da Gama (INV. E TEST., VI, 208).Fernão Pais e s/m. teriam falecido em Itanhaém em datas não conhecidas. Pais de, ao menos:
1 (III)- PEDRO PAIS2 (III)- MARGARIDA GAGO – segue.3 (III)- MADALENA AFONSO, n. antes de 1610, C.c. DOMINGOS NUNESFÉLIX - 3ºIII- MARGARIDA GAGO, n. pouco depois de 1600, C. entre os anos de 1618 e 1625 c. FERNÃO MUNHOZ (n. 1590) irmão de Diogo Munhoz (casado com [p. 158]
3 (V)- TOMÉ NUNES PAIS C.c. VIOLANTE CARDOSO, moradoresem Taubaté (S.L., V, 137). Foi juiz ordinário nessa vilaem 1724 (AHMFG).4 (V)- JOANA NUNES C.c. MANUEL RODRIGUES MADEIRA, moradores em Jacareí (S.L., VII, 525).5 (V)- DOMINGOS NUNES PAIS C.c. LUÍSA DE SIQUEIRA. Foi juiz de órfãos em Jacareí.6 (V)- FERNANDO.7 (V)- HELENA.8 (V)- ANTÔNIO DE SIQUEIRA PAIS C.c. ANA RIBEIRO DE LIMA,moradores em Mogi das Cruzes.9 (V)- CAP. MANUEL MUNHOZ PAIS C.c. ISABEL DA SILVALEME. Foi juiz de órfãos em Taubaté.10 (V)- MARTINHO, n. cerca de 1674. 3ºIII- MADALENA AFONSO (filha de Bárbara Gago do 2onº II) n. antes de1610, C. em S. Paulo c. DOMINGOS NUNES FÉLIX, n. por 1600, filho deLourenço Nunes, da governança (membro da câmara em 1610, 1613, 1623etc.) e de s/m. Ascensa Félix, falecida em 1616, irmã do Cap. Mor JaquesFélix e de Isabel Félix (C.c. Diogo Sanches) todos filhos do Cap. JaquesFélix Flamengo, condestável da Bertioga, e de s/m. .................. Camacho,esta, irmã de Ana Camacho, mulher de Domingos Luís, o carvoeiro, e, poresse parentesco, tia de Sebastião Fernandes Camacho, juiz ordinário de S.Paulo em 1628 e 1643 (ACCSP, III, 289 e V, 167).Faleceu Madalena Afonso em S. Paulo com testamento a 19 deabril de 1654, estando o marido ausente. Fez disposições pias e determinouenterramento no mosteiro do Patriarca S. Francisco, na sepultura de seusogro Lourenço Nunes. Declarou possuir alguns administrados do gentiodo Brasil, que deveriam receber de seus herdeiros bom tratamento e instrução na doutrina cristã (INV. E TEST., DAESP). Faleceu Domingos NunesFélix depois de 1655 (título Félix Flamengo).Tiveram oito filhos:1 (IV)- ASCENSA FÉLIX, n. por 1630, C. antes de 1650 c. PEDRO DEGÓIS. Faleceu com testamento em 1651 e foi inventariada em S.Paulo. Fez disposições pias e determinou sepultura na igreja de S.Francisco. Teve de sufrágios doze missas (INV. E TEST., XLI,225). Pais de uma única filha: [p. 160]
Era o procurador Geraldo da Silva parente em “2º grau”de Paulo do Amaral que, em razão desse parentesco, não podeservir em 1633 o cargo de vereador de barrete (ACCSP, IV, 151).Procedia o impedimento por via das mulheres dos dois camaristas (RGCSP, I, 479).Se estiver correta a declaração do parentesco, em 2ºgrau por afinidade, de Paulo do Amaral com Geraldo da Silva(creio em 2º grau misto ao 3º) a mulher de Paulo do Amaral seriabisneta de Pedro Gomes e de s/m. Isabel Afonso. Gaspar Afonsoe s/m. Madalena Afonso foram os avós maternos de MadalenaVidal, mulher do Cap. Paulo do Amaral.III- PÁSCOA DO AMARAL, n. depois de 1591, C. cerca de 1609 c. PAULO DACOSTA, filho de Fructuoso da Costa, de Portugal, e de s/m. Beatriz Camacho, esta, casada a 2ª vez com Belchior da Veiga, filho de Belchior daCosta da Veiga, de Portugal, e de s/m. Estácia Antunes (irmã do Cap. Manuel Antunes, preposto do donatário da Capitania de Itanhaém). ServiuPaulo da Costa na câmara o cargo de almotacel em 1618 e 1627.Faleceu com testamento em 1662. Fez disposições pias e determinou sepultamento em jazigo próprio, na igreja de Nossa Senhora doCarmo, amortalhado seu corpo em hábito dos irmãos da respectiva Ordem;dispôs vinte missas por sua alma. Num rol de devedores, apenso ao inventário, vem mencionados os herdeiros de seu irmão Antônio da Costa, ogenro Manuel Fernandes de Morais, o neto Paulo Nunes, Paulo do Amarale outras pessoas. Sua mulher lhe sobreviveu.Tiveram dez filhos, todos mencionados por Silva Leme.Nº
 | | Construção do Pontilhão do Trujillo* |
Créditos/Fonte: Gal Moreira Dini II / Recordações Sorocabanas | Foto colorida digitalmente(.237.(gal moreira |
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1ºI- MARIA AFONSO, n. creio por
1550, C. cerca de
1566 c. MARCOS FERNANDES, o velho, ambos declarados povoadores da Capitania nas cartas de datas de seus descendentes. Devia ser Marcos Fernandes viúvo de um primeiro casamento, do qual teve, ao menos, o filho Marcos Fernandes, omoço, n. cerca de
1553, já em maioridade e com administrados do gentioem
1578, como se vê pela ata da câmara de 3 de janeiro de
1579. Nessedia, os moradores de S. Paulo, Pedro Dias, Domingos Luís, o carvoeiro,Manuel Fernandes, genro de Lopo Dias, Antônio Gonçalves, BaltazarGonçalves, Marcos Fernandes, o moço, e Domingos Fernandes, por não
[p. 168]4 (II)- MARIA AFONSO C. antes de
1600 c. SEBASTIÃO FERNANDESCAMACHO, o velho, juiz ordinário em S. Paulo em
1628 e
1643,sobrinho de Ana Camacho, mulher de Domingos Luís, o carvoeiro (título Camachos).5 (II)- FRANCISCA ÁLVARES MARTINS, n. por
1578, recebeu escritura dedote e C. em
1594 c. ANTÔNIO DEL ZORO, n. em
1561 (INV. ETEST., I, 367) almotacel em
1594, etc.; C. 2ª vez cerca de 1604c. HENRY BAREWEL, natural da Inglaterra, vindo para a Capitaniaem
1591, segundo os autores; C. 3ª vez antes de
1610 c. SIMÃOJORGE VELHO, filho de Simão Jorge e de s/m. Agostinha Rodrigues, esta irmã de Isabel Rodrigues, mulher de Antônio Bicudo,o velho, dos Açores (S.L., título Jorges Velhos). São avós doMestre de Campo Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista.Antônio del Zoro não teria parentesco com ManuelFernandes Ozouro, n. no Rio de Janeiro em
1570, filho de Manuel Fernandes Ozouro e de s/m. Margarida Antunes. Casou Manuel Fernandes Ozouro (depois Zouro) com Juliana de Oliveira, viúva de Pedro Colaço, e deixou descendência nas Capitanias de S.Paulo e Rio de Janeiro.6 (II)- CATARINA ÁLVARES, n. creio em
1581, C.c. JOÃO MORZILHO, dePortugal, e a 2ª vez cerca de
1619 c. João Gomes Sardinha, doRio de Janeiro - 3ºII- CAP. SIMÃO ÁLVARES MARTINS C. antes de
1598 c. MARIA LUÍS GROU,filha do Cap. Domingos Luís Grou e de s/m. Maria da Peña (n. cerca de1540) por esta, neta de Antônio da Peña e de s/m. Francisca de Góis, povoadores da Capitania. Foi da governança de S. Paulo de
1600 em diante,servindo nesse ano o cargo de almotacel. Figurou na eleição dos oficiais dacâmara em
1620 (RGCSP, VII, 167) e na de 23 de junho de
1624 para juizordinário de barrete e vereador. Em
1627 exerceu o cargo de juiz ordináriodo pelouro (ACCSP, II, 80 e III, 115 e 255). Comandou em
1610 uma entrada no sertão do Caeté apresando índios tememinós (Carvalho Franco) eem
1619 transferiu a seu cunhado Calisto da Mota nove administradosdessa entrada, que se encontravam em poder do falecido Henrique da Costa (INV. E TEST., IV, 122 etc.).Havia matriculado na câmara, em
1615, vinte e três administrados do gentio carijó (RGCSP, VII, 126). Como responsável pelos seus negros pombeiros, esteve envolvido com oito pessoas na devassa instauradaem S. Paulo, em
1623, sobre a morte do cacique Timacaúna (RIHGSP,XLIV, 294).
[p. 170]Arrolaram-se no inventário sítio e casa em Ibirapuera, sesmariade meia légua rio abaixo do Anhembí, para a banda de Birassoiaba, e cercade quarenta administrados do gentio, mencionados no testamento.Casou a viúva c. CALISTO DA MOTA, n. em
1591, que exerceuos cargos de escrivão da ouvidoria, juiz ordinário em S. Paulo e governador da Capitania de Itanhaém em
1639, filho de Atanásio da Mota e des/m. Luzia Machado; n.p. do Cap. Vasco Pires da Mota e de s/m. FelipaGomes da Costa; n.m. de Simão Machado (escrivão da fazenda, alfândegae ouvidoria) e de s/m. Maria da Costa; bisneto, pelo avô paterno, do Dr.Anacleto Vaz da Mota e de s/m. Felipa de Sá e, pela avó, de Estevão daCosta e de s/m. Isabel Lopes de Sousa, “todos pessoas nobres e fidalgas” (título Motas).Custódia Lourenço vinha a ser prima do Cap. Simão ÁlvaresMartins (INV. E TEST., IV, 122 e 154) filho de Marcos Fernandes, o velho, e de s/m. Maria Afonso, esta, irmã de um de seus avós (2º grau desigual).O Cap. Calisto da Mota, em
1643, tinha parentesco muito chegado, dentro do 2ºgrau (2º grau misto ao 3º por afinidade) com o juiz ordinário Sebastião Fernandes Camacho, casado com Maria Afonso, irmã doreferido Cap. Simão Álvares Martins (ACCSP, V, 167).Em
1651, na câmara de S. Paulo, foram declarados parentes oCap. Calisto da Mota e o vereador Francisco Furtado “em treseiro e quartograu” (de afinidade). Na ata publicada saiu transcrito esse parentesco, porerro paleográfico, “entre seis e quarto grau” (ACCSP, V, 476).Francisco Furtado era filho de Leonel Furtado (da governança)e de s/m. Grácia Mendes; n.p. de Simão Furtado e de s/m. Catarina Luís,esta falecida em S. Paulo em
1636 (ACCSP, IV, 291); n.m. de AndréMendes e de s/m. Isabel Afonso, a moça (n. creio em
1557) e por esta, bisneta de Isabel Afonso, a velha (n. por
1540) irmã de Maria Afonso e de umdos avós de Custódia Lourenço, do que resultou o parentesco acima declarado, em 3º grau misto ao 4º.Faleceu o Cap. Calisto da Mota depois de
1651 (RGCSP, II,241) e s/m. Custódia Lourenço em data ignorada; não foram localizadosseus inventários ou testamentos. Teve do 1º matrimônio um filho:1 (IV)- MIGUEL DA COSTA, n. em
1609, teve como tutor seu tio AntônioRodrigues Pais. Em
1624 vivia com o padrasto Calisto da Mota,que o mantinha na escola, dispensando-lhe bom tratamento. Foiherdeiro da terça de seu pai.
[p. 177]Luís de Távora, Conde de Sarzedas, expedida em Santos a 9 de setembrode
1735.Requereu Ana Maria Vieira uma ação judicial contra esse ato,vencendo em instância superior a apelação do agravante, Alferes Domingos Álvares Barroso, conforme a sentença do ouvidor, Dr. Domingos Luísda Rocha, dada em S. Paulo a 8 de junho de
1744 (DAESP).No decorrer do processo instaurado no juízo ordinário de Guaratinguetá, despacharam nos autos os juizes ordinários: Cap. Manuel daMota Pais (
1736) Cap. Manuel Lopes Figueira (
1737) Cap. Antônio Raposo Leme (
1743) Sargento Mor Francisco Nabo Freire (
1744) Cap. AndréLopes da Lavra (
1744) e outros. Pais de, ao menos:1 (V)- BEATRIZ VIEIRA C. antes de
1736 c. DOMINGOS RODRIGUESPAIS, filho de Sebastião Dias e de s/m. Ana de Morais (SL, VIII,203).2 (V)- MANUEL VIEIRA JÁCOME.3 (V)- ...................... C.c. LUÍS FERNANDES.NOTAS1Dentre os muitos nobres e titulares, tratados pelos grandes autores, poderiam sermencionados os seguintes: D. Martim Afonso de Sousa, donatário da Capitania de S. Vicente, seu antepassado D. Martim Afonso Chichorro (filho de D. Afonso III, 5º rei de Portugal, da dinastia de Borgonha) D. Martim Afonso Teles de Menezes, conde de Ourém(pai da rainha D. Leonor Teles, mulher de D. Fernando, 9º rei, de Borgonha) D. JoãoAfonso Teles de Menezes, senhor de Albuquerque, D. Pedro Afonso, conde de Barcelos,autor do “Livro de Linhagens”, e sua irmã D. Maria Afonso (filhos de D. Dinis, 6º rei, deBorgonha) D. Leonor Afonso, freira, e Gil Afonso (irmãos paternos de D. Dinis) D. JoãoAfonso (filho de D. Afonso II, 3º rei, de Borgonha) D. Fernando Afonso de Albuquerque,mestre de Santiago, D. Violante Afonso (aia da filha infanta de D. Fernando, de Borgonha) D. Fernando Afonso de Toledo, antepassado de Santo Antônio de Bulhões, DiogoAfonso de Figueiredo e D. Urraca Afonso (filha de D. Afonso III, de Borgonha) antepassados do Almirante Pedro Álvares Cabral, João Afonso dos Quintos, cavaleiro fidalgo daCasa Real (fez um empréstimo a D. Manuel I, 5º rei de Avis, para as naus da Índia) Rodrigo Afonso, antepassado dos “Bicudos” da Ilha de S. Miguel, Beatriz Afonso, Inês Afonsoe Grimaneza Afonso de Melo, antepassadas dos “Velhos” e “Romeiros” da dita Ilha... etc.2Desejava o cacique Timacaúna se tornar cristão e estar onde ele dito Martim de Sá opusesse em serviço de S. Majestade (RIHGSP, XLIV, 294).
[p. 186]Descia do sertão para a vila de S. Paulo, com toda sua gente, munido de uma provisão do Cap. Mor Martim de Sá, que recebera através de índios correios de Garcia Rodrigues, quando foi salteado e morto por certos pombeiros dos brancos, que repartiram toda agente entre si e a trouxeram a seus senhores.
Juradas aos Santos Evangelhos, depuseram na devassa a 7 de junho de
1623, perante o juiz ordinário Diogo Moreira, sendo escrivão dos autos Calisto da Mota, as onze pessoas seguintes, todas moradoras nessa vila (declaradas suas idades pouco mais ou menos):
1ª - Álvaro Neto, o velho, 80 a. id.2ª - Francisco Rodrigues Velho, provedor dos quintos reais de S. Majestade, 50 a. id.3ª - Gonçalo Madeira, 62 a. id.4ª - Antônio Raposo, cavaleiro da Casa de S. Majestade, 65 a. id.5ª - Baltazar de Godói, juiz de órfãos, mais de 60 a. id.6ª - Luís Fernandes Folgado, fundidor de ferro, 46 a. id.7ª - João Martins de Herédia, 30 a. id.8ª - Jorge Rodrigues de Nisa, 36 a. id.9ª - Bernardo de Quadros, 56 a. id.10ª - Manuel da Cunha, 31 a. id.11ª - Fernão Dias, capitão e procurador dos índios, 48 a. id.Como responsáveis pelos seus negros pombeiros, foram acusados em S. Paulo osnove brancos seguintes: Simão Álvares, o velho (um negro seu matou Timacaúna) Paulodo Amaral, Alonso Peres, Pedro Vidal, Pascoal Monteiro, Pedro da Silva, Sebastião Fernandes Camacho, Fradique de Melo e João Ga... . (o que tudo consta no Traslado da Devassa que se tirou nesta vila de S. Paulo sobre a morte do principal Timacaúna - 5 de junho de
1623).3I- ALFERES SIMÃO ÁLVARES, n. por
1600, C. em S. Paulo cerca de
1630 c. ÂNGELA RODRIGUES, n. em
1610, filha de Manuel Rodrigues, falecido com testamento em
1646, e de s.m.Maria Gonçalves, falecida com testamento em
1672, creio irmã do Cap. Baltazar Gonçalves Málio, o velho. Manuel Rodrigues era cunhado de Domingos Gonçalves, o velho, queainda vivia em
1646; em S. Paulo deu uma casa ao Padre ...... a pedido de Brás Cardoso(INV. E TEST., XXXIII, 99 e 115).Foi o Alferes Simão Álvares inventariado em S. Paulo em
1667 (DAESP,inventários danificados). Sua mulher faleceu depois de
1672. Pais de:1 (II)- JOÃO ÁLVARES RODRIGUES, testamenteiro, com seu irmão Francisco Álvares,de seu cunhado Antônio de Azevedo em
1681.2 (II)- CAP. FRANCISCO ÁLVARES RODRIGUES, nomeado curador de seus sobrinhos emS. Paulo em
1681.3 (II)- DOMINGOS ÁLVARES DA CRUZ, nomeado curador dos mesmos em
1683.
[p. 187]