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   5 de março de 2020, quinta-feira
Padre José de Campos Lara, por Prof. Luís Roberto de Francisco, jornalafederacao.com.br
      Atualizado em 02/05/2025 20:06:47

  
  
  


Uma discreta urna na taipa da capela mor da igreja do Bom Jesus guarda os restos mortais de um dos mais célebres e influentes ituanos do século XVIII, o padre José de Campos Lara. Em 1956, ao assentar o piso hidráulico na igreja, os pedreiros notificaram o padre Victor Fernandes SJ: haviam encontrado um caixão com os restos mortais que a Companhia de Jesus tanto desejava, os despojos do padre Campos Lara, nascido em 1733 e aqui também falecido em 19 de fevereiro de 1820, há exatos duzentos anos.

Campos Lara tem sua biografia envolta em milagres e mistérios. Membro da Companhia de Jesus desde 1750, viveu em São Paulo e Salvador. Mas o decreto do Marquês de Pombal, que expulsou do Brasil todos os jesuítas, também o atingiu. Foi para Lisboa e de lá para Roma, aonde chegou durante uma epidemia. Seu irmão Miguel, também jesuíta, fez-se mártir no cuidado dos enfermos.

O ituano viveu em Roma por 25 anos, quando completou os estudos e lecionou. Em 1773 a Companhia de Jesus foi supressa por Clemente XIV e ele, como milhares de jesuítas pelo mundo, aguardava ansiosamente a reorganização da Ordem. Eram tempos difíceis para a Igreja, época da Revolução Francesa e seu anticlericalismo. Os jesuítas representavam a resistência.

Campos Lara conheceu e conviveu com santo Afonso de Liguori, fundador dos Redentoristas e propagador da devoção à Eucaristia. Foi amigo próximo do beneditino Barnaba Chiaramonti e dele profetizou a eleição para o papado.

Em 1785, no porto de Cività Vecchia (Roma) encontrou um jovem que lhe entregou um quadro retratando Nossa Senhora do Bom Conselho, dizendo que voltasse à terra natal e que aqui, no futuro, haveria um grande colégio dos jesuítas, apontando para um barco que o traria ao Brasil graciosamente. Foi o único dos 669 jesuítas expulsos por Pombal a retornar.

Campos Lara, de família abastada, em Itu recebeu uma herança em propriedade de terras e nela desenvolveu agricultura. Construiu também uma escola para meninos pobres, o início do projeto educativo predito pelo misterioso menino. Com alegria soube da eleição de seu amigo Chiaramonti, que se tornou o papa Pio VII, e em 1800, que em 1814, restabeleceu a Companhia de Jesus.

Atribui-se a Campos Lara o início da devoção ao Sagrado Coração de Jesus em Itu, com um altar na igreja matriz e uma pintura no teto do Bom Jesus.

Após quatro décadas de sua morte os jesuítas chegaram a Itu. Continuaram a devoção ao Sagrado Coração, iniciando aqui o Apostolado da Oração! Fundaram um colégio que se tornou a maior instituição de ensino do país em fins do século XIX, instalado justamente na chácara deixada pelo velho jesuíta. O Colégio São Luís, hoje em São Paulo, preserva a pintura original de Nossa Senhora do Bom Conselho, elo que une mais de três séculos de história.

Campos Lara foi o intelectual que influenciou, na juventude, Dom Antonio Joaquim de Melo, o bispo que reorganizou a Igreja paulista.


  1733ID: 5539
Nascimento de José de Campos Lara
Atualizado em 02/05/2025 19:55:29
    
    

21 de julho de 1773, quarta-feiraID: 21853
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Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
  
  

  19 de fevereiro de 1820, sábadoID: 5540
Falecimento de José de Campos Lara
Atualizado em 02/05/2025 19:57:20
    
    


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  Rafael Greca de Macedo
n.1956

O homem é o que conhece e ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.


Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Data: 06/06/2016
Fonte: Peabiru: este é o caminho



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