Início das obras da "Aranha do Vergueiro, marcava entre outras data importantes, os 10 anos da fundação da Faculdade de Medicina
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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O sonho de construir o Santuário de São Lucas já dura mais de 50 anos. A pedra fundamental do empreendimento foi instalada durante uma cerimônia ocorrida em 18 de outubro de 1959 e colocada onde ficaria o altar da igreja, sob a bênção do cardeal arcebispo de São Paulo, dom Armando Lombardi. A data não foi escolhida por acaso, pois marcava o dia de São Lucas, santo padroeiro dos médicos, além dos dez anos de fundação da Faculdade de Medicina de Sorocaba. O tempo passou, apenas a estrutura de concreto foi erguida e o local acabou apelidado pelo sorocabano como a “aranha do Vergueiro”.
A estrutura está presente em um terreno pertencente ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Ao redor dela funciona há dez anos um estacionamento particular, que aluga a área para a prestação do serviço.
A construção tem 20 metros de altura. Duas bases das vigas de sustentação ficam dentro do estacionamento. As outras duas estão fincadas do outro lado de um muro, na área onde foi construído o restaurante Bom Prato.
Há também uma cerca que impede o acesso na parte de baixo da estrutura, no interior do estacionamento. Essa região está com o mato alto. A medida foi motivada depois de uma parte do concreto ter se desprendido e caído perto dos veículos.
A armação de concreto lembra um pouco uma igreja somente quando venta pelos lados do Vergueiro. Basta chegar perto da armação de concreto para ouvir o som semelhante ao emitido por sinos. A causa é o contato dos vergalhões, distribuídos ao redor das colunas que sustentariam o santuário.
As obras no santuário tiveram início em 1960. Na edição de 19 de abril de 1964 do jornal Cruzeiro do Sul há uma foto que mostra a armação de madeira erguida para sustentar as vigas de concreto. Naquela época, a expectativa era entregar o santuário no prazo máximo de cinco anos.
Mais de dois mil fiéis
O Santuário de São Lucas foi idealizado pelo monsenhor Antônio Misiara, que ocupava os cargos de assessor eclesiástico e professor de filosofia moral da Faculdade de Medicina de Sorocaba. A igreja foi projetada pela construtora Marna Ltda, de Curitiba, para ter a forma de uma cruz vermelha. O prédio seria apoiado sobre uma vasta plataforma de mármore, teria uma torre de 86 metros de altura e comportaria 1.100 pessoas sentadas e mil em pé.
O altar ficaria no centro da igreja. No subsolo seriam construídos um salão social, restaurante, cozinha, biblioteca e sala de conferência.
A igreja também reuniria, por meio da arte, a religião com a medicina. Estavam previstos quatro quadros em mosaico, vistos do interior da cúpula: a primeira intervenção cirúrgica (o Criador no ato de tirar a costela de Adão), a primeira intervenção clínica (São Rafael curando Tobias), o verdadeiro ideal da medicina (a cena do bom samaritano) e um quadro de São Lucas, patrono dos médicos. facebook.com/sorocaba24hrs /posts/550871172345300
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.