Por falta de pagamentos, Fábricas distribuem “cartões” vale refeição
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Para citar um exemplo concreto desse domínio exercido pelo dono da fábricasobre os operários residentes na vila operária, o mesmo jornal de 12/09/1909, se refere àfábrica Votorantim, que por atrasos nos pagamentos mandou imprimir cartões com omesmo valor dos salários em dinheiro, mas que só eram aceitos em um armazém darespectiva vila operária. Em seguida, é citado o caso da Fábrica Santa Rosália:(...) Não existem lá os afamados cartões, mais engenhoso é o processo! Sóexiste o armazem da fabrica e tem os empregados a faculdade de poderem,aqui na cidade, comprar o que quizerem; mas existindo nas proximidades dafabrica um portão e o respectivo porteiro, os que para lá se dirigemconduzindo generos, têm forçosamente de se entender com o snr. Porteiroque, de accordo com às instrucção (sic) recebidas, nega entrada ás carroçasque levam ás mercadorias (...). (O OPERARIO, 12 set. 1909, p.1)
Santa Rosália de Palermo* Data: 01/01/1624 Créditos/Fonte: pt.sacredsites.com 01/01/1624
Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*