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   24 de julho de 1859, domingo
Professor Toledo inaugura o Colégio do Lageado nos Campos do Utinga ou Itinga, próximo a Lagoa do Jundiaquara
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Texto: Aluísio de Almeida
O COLÉGIO DO LAJEADO Localizava-se em área rural da antiga Vila de Campo Largo de Sorocaba (atual Araçoiaba da Serra) nos denominados Campos do Utinga ou Itinga, próximo a Lagoa do Jundiaquara, sendo inaugurado em 24 de Julho de 1859.

Era um estabelecimento educacional, cujo proprietário, diretor e professor era Francisco de Paula Xavier de Toledo; renomado e competente mestre de Latim e Francês.

O Professor Toledo, graças ao seu espírito empreendedor, foi na terra bandeirante, um pioneiro dessa nova modalidade educacional, inédita no país.

Desse modo, no inicio do 1º Semestre de 1859, principiava-se, uma serie de construções amplas, bem arejadas e iluminadas que no Sitio da Tapera seriam o futuro Colégio do Lajeado.

A velha e rústica vivenda já existente passou por reformas, tomando o novo aspecto, ao lado esquerdo dela, ergueram urna residência para o uso do Diretor, sua família e dos pensionistas.

Do lado direito foi erigida parte do Colégio, destinada aos alunos. Na frente ficava a sala do Diretor, as salas de aula, amplas e bem iluminadas, separadas por um amplo e longo corredor.

Aos fundos, a dispensa, a cozinha, o refeitório, a rouparia e dormitórios.

No final do corredor uma Capela com seu respectivo altar, tudo era simples, más confortável e acolhedor. Na frente do internato havia um amplo pátio para recreação dos alunos, todo cercado na parte frontal.

E nas laterais por alta cerca de lascas de guaratã, aos fundos das construções descritas encontrava-se a horta, o pomar e mais além uma soberba mata, onde os pássaros gorjeavam, alegremente. Saindo por um ladrão, a água despencava encachoeirada, ruidosamente sobre um leito rochoso.

Daí sem dúvida vem o nome de Lajeado em substituição ao Tapera, que não tinha mais razão de ser.

O Pároco Raphael Gomes da Silva, que congregava em Campo Largo, celebrou a missa inaugural, benzendo o estabelecimento no dia de São João do Lajeado, em louvor a São João Batista, patrono da Capela local.

Estiveram presentes ao evento, autoridades da época, inclusive o coronel Joaquim de Souza Mursa, diretor da Fábrica de Ferro de Ipanema.

Por este requintado Colégio, passaram vultos ilustres da História Nacional tais como Maria Angélica Baillot, Fernando Prestes de Albuquerque, Rubino de Oliveira, José Gomes Pinheiro Machado, Artur Gomes, Cesário Mota entre tantos outros.Ali cursaram alunos das localidades de Campo Largo, Sorocaba São Paulo, Campinas, Itapetininga, Tatuí, Itaberá, Piracicaba e de outros Estados como Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia.

No afamado Colégio constavam como disciplinas o latim, francês, português, gramática, aritmética, inglês, geometria, desenho, etiqueta, prendas domésticas e religião.

O Professor Toledo lutava com garra e dedicação, mas as dificuldades e os problemas se avultavam, principalmente e unicamente o de caráter financeiro.

Os seus inúmeros credores exigiam o pagamento imediato de juros e capitais e estranhavam que o Diretor apesar de tantos alunos, não tratasse de pagar espontaneamente suas duvidas contraídas.

Ignoravam eles, que muitos alunos do Colégio recebiam instruções e tratamento gratuito e muitos outros os pais ficavam em atraso, nos seus pagamentos.

Sem dinheiro e sem crédito o Colégio foi paulatinamente perdendo aquele antigo vigor inicial de outrora e começaram as retiradas e evasões de alunos. O Colégio encerrou suas atividades no correr de 1866.


Relacionamentos

Joaquim de Sousa Mursa (31 anos)
Francisco de Paula Xavier de Toledo (34 anos)
  Familiares (1)
Maçonaria no Brasil
Maçons
Otinga
Jandiacanga
Lagoas
São João Batista
Escolas
  Registros (288)
Araçoiaba da Serra/SP
Sorocaba/SP
  Registros (11544)

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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