' Olavo Bilac era motorista no primeiro acidente - 01/01/1901 Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
1897
1898
1899
1900
1901
1902
1903
1904
1905
Registros (41)Cidades (29)Pessoas (52)Temas (111)


Olavo Bilac era motorista no primeiro acidente
    1901
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


O poeta Olavo Bilac e o abolicionista José do Patrocínio protagonizaram no início deste século um dos primeiros acidentes de carro de que se tem notícia no Brasil.

O jornalista Raimundo Magalhães Júnior, estudioso do período, diz que o acidente em que se envolveram foi o primeiro do Rio de Janeiro, então capital federal.Bilac (1865-1918), poeta parnasiano, foi um dos principais articulistas da "Gazeta de Notícias", do Rio. Patrocínio (1853-1905), que era jornalista, fundou a Academia Brasileira de Letras.

A única vítima desse acidente foi uma árvore, na qual bateu o veículo guiado por Bilac -importado da França por Patrocínio, que também estava no carro.

Primeiro carro

"O primeiro (carro), de Patrocínio, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida, como se tivesse visto um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata. Oito dias de pois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da Passagem (Botafogo)."

A descrição, do repórter João do Rio (1881-1921), é citada por Magalhães Júnior no livro "A Vida Turbulenta de José do Patrocínio" (Instituto Nacional do Livro, 1972).

Segundo o livro, Bilac se gabava de ter sido o precursor dos acidentes de automóvel no Brasil, quando aprendia a dirigir com Patrocínio.

Autores da época, como o jornalista Coelho Neto, apontam o bairro da Tijuca como o local da batida, não Botafogo.

Magalhães Júnior diz que o ano mais provável do acidente é 1901, porque em 16 de novembro desse ano o escritor Batista Coelho relatou o episódio no conto "O Automóvel". Naquela época, ocupavam as vias do Rio os bondes e os tílburis (carros puxados por cavalo).

O professor da USP Ivan Teixeira, autor de "Poesias" (Martins Fontes, 1997), coletânea da obra de Bilac, coloca esse acidente na cronologia de seu livro, mas não precisa a data. Sua fonte foi a obra de Magalhães Júnior.VaiasEm crônica publicada no jornal "A Notícia", em 1905, Bilac descreve o primeiro automóvel do Rio como feio, pequenino, amarelo e que deixava um cheiro "insuportável" de petróleo no ar. "Quando havia pane, a garotada, formando círculos em torno do veículo, rompia em vaias."Bilac continua: "Hoje, já os automóveis são dez ou 12; e já ninguém se deixa embasbacar pelo espetáculo dessas carruagens milagrosas, (...) mostrando o que será, daqui a poucos anos, quando a reforma do calçamento da cidade estiver ultimada."





OII!

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.