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   23 de outubro de 2002, quarta-feira
Assassinato de Ana Maria Olivatto, esposa de Marcola
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


ALESSANDRO SILVASÍLVIA CORRÊADA REPORTAGEM LOCALUma suposta guerra entre os principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) levou ontem ao assassinato de Ana Maria Olivatto Herbas Camacho, 45, mulher e advogada de um dos comandantes da facção criminosa, o assaltante Marcos Willians Herbas Camacho, 34, o Marcola. Ela havia dado informações à polícia sobre ações do PCC.Vítima de uma emboscada, Ana foi morta menos de 15 horas depois de um ataque à escolta de Thomaz Alckmin, 19, filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB), no qual um PM morreu.A polícia duvida que haja alguma relação entre os casos, mas, por ignorar a motivação de ambos, não descarta a hipótese.A advogada assassinada havia relatado à polícia, no final do mês passado, que o PCC planejava uma nova onda de atentados.As autoridades não revelam a que nível de detalhes Ana chegou, mas foi ela, por exemplo, quem negociou com o PCC o abandono dos 30 quilos de explosivos e avisou à polícia, na segunda, que eles já estavam à disposição em um carro na rodovia Anhanguera.A postura de Ana tinha motivos claros. A Justiça já pode conceder a liberdade condicional para Marcola, seu marido, se não houver ressalva em relação a seu comportamento. Inocentá-lo no caso de novos ataques seria, portanto, a intenção final de Ana.Marcola já não fora denunciado pelos atentados realizados pela facção no primeiro semestre. Isolado em Brasília, ele não aparecia nas escutas telefônica.Mas a parte da cúpula da facção ligada a José Márcio Felício, o Geleião, interpretou como traição o fato de Marcola ter evitado se envolver nas ações ao depor.Desde então, em maio, a cúpula do PCC está dividida. Geleião encabeça a ala radical -que defende atentados para desmoralizar o governo- e Marcola comanda um grupo mais "moderado".A polícia manteve em sigilo seus contatos com Ana e diz que nunca ouviu da advogada relatos de ameaça, mas a família dela diz que elas ocorriam, por telefone.Com base nas informações recebidas, as autoridades fizeram novos grampos telefônicos e prenderam no domingo a mulher de Geleião, Petronilha Felício, 51.Petronilha, segundo a polícia, planejava a morte de Aurinete Félix da Silva, mulher de César Roris, outro líder da facção. Aurinete, como Ana, estaria tentando evitar os atentados de Geleião."Quero uma festa por dia", teria dito Petronilha nas gravações, se referindo a ações do PCC.Anteontem, Ana e outros três advogados acompanharam o depoimento de Petronilha à polícia."Vou trabalhar com a hipótese de desentendimento entre eles e com todas as outras possíveis, menos com a de assalto, porque houve uma execução", disse o delegado Rui Ferraz Fontes.Ana Maria foi morta entre 11h e 11h30 de ontem quando saía de casa -um sobrado de classe média baixa na periferia de Guarulhos (Grande SP). A empregada abria o portão para a advogada sair de carro quando um homem encapuzado se aproximou.A moça, cujo nome será mantido em sigilo, foi empurrada, mas conseguiu ver o assassino segurando o rosto de Ana e disparando dois tiros com uma pistola 45.Eles atingiram a nuca da vítima, que caiu no banco de trás de seu Palio. O homem fugiu em um carro escuro. Ao volante, dizem vizinhos, estava uma mulher.Os vizinhos que viram a ação pedem sigilo de seus nomes. Todos sabem que Ana defendia o PCC. Segundo um deles, ela saía ontem de casa para ir a Presidente Bernardes, informação confirmada pela delegado Fontes.fonte folha


Relacionamentos

Assassinatos
Criminosos e crimes notórios
PCCMarcola
Guarulhos/SP
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O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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