'Peixoto Gomide assassinou sua filha Sofia, de 22 anos, com um tiro no peito e suicidou-se a seguir - 21/01/1906 Wildcard SSL Certificates


Peixoto Gomide assassinou sua filha Sofia, de 22 anos, com um tiro no peito e suicidou-se a seguir
    21 de janeiro de 1906, domingo
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Não é difícil acharmos em nossas cidades, ruas, escolas, praças e monumentos com o nome Peixoto Gomide. O nome do então presidente do Senado do Estado de São Paulo, além de ilustre político e pessoa influente, foi o autor de um dos crimes mais sangrentos da história da cidade de São Paulo, uma verdadeira cena de horror como descreveria do Estado de São Paulo em sua edição de 21 de Janeiro de 1906.

Tal cenário ocorreria num casarão em estilo neoclássico no número 25 da rua Benjamin Constant, no centro de São Paulo, próximo a Praça da Sé e a uns 200 metros do Largo São Francisco, que era um dos endereços mais sofisticados da Capital.

Festas dignas da nobreza europeia, com muito champanhe francês, caviar e valsas vienenses, encantavam a vizinhança, que se reunia na calçada para acompanhar a chegada dos convidados.

Em 20 de janeiro de 1906, uma pequena multidão voltou a se formar na frente da casa, mas por uma razão nada festiva.

Na tarde daquele dia, o dono do casarão, o senador Francisco de As­sis Peixoto Gomide, então com 56 anos, assassinou a filha Sophia, de 22, e se suicidou. A notícia se espalhou como rastilho de pólvora e, rapidamente, chegaram à residência políticos, secretários de Estado, juízes, promotores públicos, empresários e parentes de Peixoto Gomide, que à época era presidente do Senado paulista.

A atitude do velho político causou perplexidade, pois Peixoto Gomide era considerado um homem equilibrado.

Segundo depoimentos de empregados, pai e filha conversavam na sala de jantar, tendo sido interrompidos duas vezes por uma cozinheira,- na primeira para levar o chá com torradas e, na outra, para apanhar a louça.

Sentada à mesa, a garota bordava um lençol, enquanto o senador andava de um lado para outro, quando então ele parou e encostou um revólver Smith & Wesson na testa de Sophia.

Que é isso meu pai? — espantou-se a garota.

Não é nada, respondeu o senador, apertando o gatilho em seguida.

O impacto fez com que a moça fosse jogada para trás, rolando pelo chão. Sua morte foi instantânea. Com o barulho, apareceram na sala a mulher de Peixoto Gomide, Ambrosina, dois de seus filhos, Gnesa e Alceu, e uma criada.

Mudo, o senador mantinha o braço estendido, como se estivesse escolhendo uma nova vítima. Chegou a apontar a arma para Gnesa, mas a empregada, aos gritos, o convenceu a abaixar o revólver. Em seguida, caminhou tranquilamente até a sala de visitas, encostou o Smith & Wesson no ouvido esquerdo e puxou o gatilho. A arma falhou. Ele então rodou o tambor e disparou de novo, caindo junto ao piano, mortalmente ferido.

Poesia – O pivô da tragédia, ao que tudo indica, foi o promotor público e poeta Ma­nuel Baptista Cepellos. Ele se apaixonou por Sophia e pediu a um político do Interior que intercedesse junto a Peixoto Gomide para namorar a garota. O senador não só permitiu como, em 1905, reuniu os amigos para comunicar o casamento de Sophia com o promotor. A cerimônia seria em 27 de janeiro de 1906, mas os comentários maldosos o fizeram mudar de ideia.

“E não é que o Gomide vai casar a filha com um ex-soldado, um boêmio um poeta.” Esta era a frase mais ouvida na cidade, segundo René Thiollier, autor do livro Episódios de Minha Vida. A fama do futuro genro infernizava o senador, que passou a ser alvo de chacotas.

Colegas do Senado e pessoas que o encontravam na rua maldiziam o ofício de fazer poesia. Peixoto Gomide era do tempo em que a palavra empenhada valia mais do que documento assinado. Por isso, preferiu matar Sophia e se suicidar, a ter de recuar de sua decisão.

A tragédia do poeta

Natural de Cotia, na Grande São Paulo, onde nasceu a 10 de de­zembro de 1872, Manuel Baptista Cepellos teve uma infância humilde. Filho do professor pri­mário João Baptista Ce­pellos, ele trabalhou em serviços rudes, foi um autodidata e sempre aca­lentou o sonho de ser um poeta famoso.Ao mesmo tempo em que cumpria as suas obrigações como soldado do Corpo Municipal Permanente, transformado depois em em Força Pública, exercitava a arte de escrever poesias. Dedicado, galgou rapidamente o posto de capitão.

Mas não era o suficiente para ele, um homem ambicioso. Matriculou-se no Anexo da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1895, onde estudou, entre outros, com Bruno Peixoto Gomide, irmão de Sophia. Teve também seus estudos de Direito financiados pelo senador Peixoto Gomide.

Formou-se e, como não conseguiu fazer carreira como advogado na Capital, ingressou no Ministério Público. Foi promotor em Ipiaí, Sarapuí e, no início de 1906, transferido para a comarca de Itapetininga, na época uma das mais importantes do Estado. Não pôde comparecer ao enterro da namorada e do pai dela por estar em meio a um julgamento, no Interior.

Enquanto analisava processos, Baptista Cepellos construía sua obra literária. Ele era o poeta preferido de Ola­vo Bilac. Publicou as poesias e os romances “A Derrubada”, “O Cisne Encantado”, “Os Bandeirantes”, “Vaidades” e “O Vil Metal”.

Desgostoso com a morte de Sophia, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde nunca conseguiu se firmar profissionalmente. Teve até de vender os seus livros, de porta em porta, para pagar casa e comi­da. Em 7 de maio de 1915, Cepelos foi encontrado morto junto às pedras da praia que existia na rua Pedro Américo, no Catete. Não se sabe, até hoje, se teria sido suicídio ou uma queda acidental, pois sofria de miopia.

O dr. Francisco de Assis Peixoto Gomide nasceu na capital em 1848. Formou-se em 1873 e, logo depois de formado, foi advogar no Amparo, onde casou com d. Ambrosina Pinto Nunes, filha de um velho capitalista e honrado português que ali residida. De Amparo, mudou-se para a capital, onde estabeleceu residência definitiva.

Era um republicano dedicadíssimo desde os primeiros dias da propaganda. Foi vice-presidente do Estado e, no exercício do governo, revelou-se um administrador inteligente e criterioso. Era presidente do Senado e muito querido naquela casa do Congresso paulista por seu caráter de elevada qualidade tinha muitos amigos, era chefe exemplar de família, até o dia trágico do crime.

Sabendo do trágico acontecimento, o presidente do Estado instruiu a todas as repartições públicas estaduais para hastearem as bandeiras em posição de funeral e cancelou seus compromissos em respeito ao ocorrido. Além das repartições estaduais, também as repartições federais e municipais (Câmera Municipal), além do jornal Correio Paulista, hastearam a bandeira a meio mastro.

Recebeu várias honras, e seu cortejo fúnebre foi acompanhado pela força pública, inclusive da cavalaria inicialmente estacionada no largo São Francisco. Peixoto Gomide era um personagem tão ilustre que compareceram em seu funeral, o presidente do Estado, Secretários Municipais, Chefe de Polícia, senadores e deputados estaduais e federais, ministros do Chile, Paraguai e da Guatemala, secretarias do Senado e da Câmara, corpo consular sediado em SP, comandantes da Força Pública, comandante e oficiais da Guarda Nacional, Presidente da Câmara Municipal, prefeitos e vereadores, ministros do Tribunal de Justiça, membros do Ministério público, juízes federais, além claro de seus familiares, a grande quantidade de amigos e admiradores, e o alto funcionalismo da época.

Por Luis Nassif



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EMERSON


21/01/1906
ANO:44
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.