A folia na cidade chegou até mesmo a ser impedida pela polícia, em 1911, pelo delegado João Eremita da Silva Ramos, que determinou ao comandante do destacamento, Eliseu Alves de Camargo, que recolhesse "os brinquedos d"água" (espirradores) portados por foliões, ou vendidos no comércio.
Quem se recusasse a atender à ordem, teria de ser levado à presença da autoridade para responder por crime de desobediência. O delegado também chegou a determinar que nenhuma pessoa, ou "bando carnavalesco" poderia sair às ruas fantasiado, sem autorização.
O alvo da investida policial era a brincadeira chamada de "entrudo", costume que os portugueses trouxeram para o país no século XVI. "Essa tradição do entrudo perdurou até pouco tempo, apenas algumas décadas atrás, quando as pessoas ainda jogavam ovo e farinha nos outros", lembra o historiador Carlos Carvalho Cavalheiro.
