Notícia sobre a fuga de escravizados de Júlio Lopes de Oliveira
João, mulato claro, altura regular, cara chata, testa pequena, barba no queixo,bons dentes, tendo a carreira de uma um pouco entrada, levando calça e jaqueta de pano azul com vivos encarnados e botões de metal branco com a letra O e chapéu preto envernizado.
Nervinho, mulato, cabelos "abrigalhados", altura menos que regular, corpo grosso, o beiço superior saliente, levando calça de riscado, paleto de casimira grossa e chapéu de pano pardo de copa alta.
Antonio, cor preta, bem barbado, bons dentes, rosto comprido, testa grande com entradas, corpo grosso, altura menos que regular, e muito quieto, levando calça e camisa fina e chapéu de junco novo.
Gratifica-se bem a quem os entregar nesta cidade de São Paulo aos srs. Antonio Proost Rodovalho, Irmão & C., ou ao dito seu senhor em Sorocaba
Fonte: Jornal Radical Paulistano
Recompensa pela recaptura de escravizados Data: 05/07/1869 Créditos/Fonte: Radical Paulistano (ez)(.271.
Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*